terça-feira, 31 de maio de 2011

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A guerra dispendiosa contra o câncer


As novas drogas contra o câncer são tecnicamente impressionantes. Mas elas devem custar tão caro? O câncer não é uma doença. São várias. No entanto, os oncologistas têm utilizado as mesmas armas para combater diferentes tipos de câncer: extrair o tumor, bombardeá-lo com radiação ou explodi-lo com a quimioterapia que mata as células ruins, mas também as boas.

Novas drogas contra o câncer estão mudando isso. Os cientistas estão agora atacando mutações específicas que impulsionam formas específicas de câncer. A descoberta veio há mais de uma década, quando a Genentech, empresa de biotecnologia da Califórnia lançou o Herceptin, droga que ataca as células do câncer de mama com demasiado desenvolvimento de uma determinada proteína, a HER2 (abreviatura de Human Epidermal growth factor Receptor-type 2). 

Em 2001, a Novartis, empresa farmacêutica suíça, recebeu aprovação para o Gleevec, que trata a leucemia mielóide crônica atacando uma outra proteína anormal. Outras drogas atuam de maneiras diferentes. O Avastin, por exemplo, introduzido na América em 2004 pela Genentech, priva os tumores de nutrientes, eliminando os vasos sangüíneos que os alimentam. Em 2009 a Roche, outra gigante farmacêutica suíça, comprou a Genentech e sua linha de drogas contra o câncer.

As novas drogas vendem bem. No ano passado o Gleevec arrecadou U$ 4,3 bilhões. O Herceptin da Roche e o Avastin foram ainda melhores: U$ 6 bilhões e 7,4 bilhões, respectivamente. As drogas novas para o câncer poderão resgatar grandes farmacêuticas de uma situação complicada: mais de U$ 50 bilhões em drogas perderão a proteção das patentes nos próximos três anos.

Este mês a Pfizer, companhia americana, anunciou que o FDA deve acelerar a revisão de uma droga contra o câncer chamada Crizotinib. A Roche apresentou um pedido ao FDA para aprovação de um novo medicamento, o Vemurafenib. A indústria está despejando dinheiro em ensaios clínicos para medicamentos contra o câncer.

Isto é parte de uma mudança na forma de atuar das grandes empresas farmacêuticas. Durante anos eles se têm voltado para a produção de drogas para o tratamento em massa de muitos pacientes. Agora, estão investindo em mais medicina personalizada: medicamentos biotecnológicos que tratam de pequenos grupos de pacientes de forma mais eficaz.

No ano passado, o FDA aprovou o Provenge, desenvolvido pela Dendreon, de Seattle, para treinar o sistema imunológico a combater o câncer de próstata e, em março deste ano, aprovou o Yervoy, da Bristol-Myers Squibb, para o tratamento de melanoma. E há medicamentos promissores no forno. O Crizotinib, da Pfizer, ataca uma proteína codificada por um gene encontrado em menos de 5% dos pacientes de câncer de pulmão de células não-pequenas. O Vemurafenib, da Roche, ataca o melanoma avançado, bloqueando a forma mutante de um gene, B-Raf. Ambos, Pfizer e Roche estão desenvolvendo testes para ajudar os médicos a identificar os pacientes adequados para as drogas que produzem.

A dificuldade, do ponto de vista da sociedade, é que todas essas drogas são horrivelmente caras. No ano passado, os medicamentos biotecnológicos foram responsáveis ​​por 70% no aumento dos custos dos produtos farmacêuticos nos Estados Unidos. Esta tendência irá continuar na medida em que as empresas farmacêuticas desenvolverem novas formas de tratar, por exemplo, a esclerose múltipla e a artrite reumatóide.

O câncer desempenha um papel crucial no aumento destes custos. O America's National Institutes of Health prevê que os gastos com o tratamento de todos os tipos de câncer aumentarão dos U$ 125 bilhões registrados no ano passado para, pelo menos, U$ 158.000 bilhões, em 2020. E se as drogas se tornarem ainda mais caras, como parece provável, essa conta pode subir para U$ 207 bilhões.

E nem todas essas drogas se mostraram eficientes. Em dezembro, o FDA declarou que os efeitos secundários do Avastin não compensam o seu escasso impacto sobre o câncer de mama. De maneira geral, as pessoas acham que os novos medicamentos oncológicos oferecem pequenos benefícios a um preço exorbitante. Um tratamento com o Provenge, que consiste em três ciclos de um mês cada, custa U$ 93.000 e prolonga a vida por em média  quatro meses. O Yervoy custa U$ 120.000 para três meses e meio de tratamento.

Alguns pacientes vivem muito mais tempo, o que alimenta a procura pelas drogas. Mas a maioria gasta muito e recebe pouco, muito pouco.

Traduzido e condensado, por sugestão de Marina da Silva, de matéria publicada em The Economist, em 26/05. Ilustração editada pelo autor da obra de Frank Miller, "Os 300 de Troia".

segunda-feira, 30 de maio de 2011

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Quanto custa coletar e guardar as células-tronco do cordão umbilical do bebê?

Graças a capacidade de se transformar em diversos tipos de células saudáveis, ajudando a combater, atualmente, mais de 80 tipos de enfermidades como leucemia, talessemia e anemias, cada vez mais cresce o número de pais que optam por coletar e armazenar as células-tronco do cordão umbilical do bebê.

De acordo com o BCU-Brasil (Banco de Cordão Umbilical), ligado ao Ipctron (Instituto de Pesquisa de Células-tronco), entre janeiro e abril deste ano, o número de famílias que opta por colher e armazenar o sangue do cordão umbilical cresceu 148%, em relação à igual período do ano passado. Diante de tais dados, fica a pergunta: quanto custa tal garantia?

Segundo o médico e sócio diretor do BCU-Brasil, Alexandre Maximiliano, a coleta do cordão umbilical no momento do parto custa em torno de R$ 3.500 e a manutenção do material sai por R$ 600 anuais em média, variando conforme a região do país.

Como funciona?

O médico explica que, após a contratação do serviço, o paciente recebe um kit para coleta, que pode ser utilizado em caso de emergência. A coleta pode ser feita tanto pelo médico que realiza o parto, como por um profissional enviado pela empresa.

Feita a coleta, o material é dividido em quatro recipientes e armazenado por tempo indeterminado, podendo ser utilizado mais de uma vez, em eventuais necessidades.

Maximiliano esclarece ainda que os pais não pagam nada para utilizar o material e, dependendo do caso, podem ter o dinheiro do armazenamento devolvido, na hipótese de o material não estar em condição de uso.

De acordo com a lei, o material coletado só pode ser utilizado para tratamento de doenças do próprio bebê. Entretanto, diz o médico, já há casos em que a Justiça autoriza a utilização das células-tronco armazenadas para tratamentos de doenças que acometem os pais ou irmãos da criança.

Fonte aqui.
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Belém pode ter o primeiro Centro de Transplantes do Norte

“A região Norte do Brasil precisa ter seus centros de transplante de medula óssea”, declarou o diretor da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO), Luis Fernando Bouzas - que também é coordenador geral do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e da Rede BrasilCord - durante debate sobre transplante de medula óssea (TMO) no segundo dia do III Congresso Pan Amazônico de Hematologia e Hemoterapia, em Belém (PA), encontro que reuniu mais de mil especialistas em doenças do sangue, organizado pela Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH) com apoio da Fundação Hemopa.
De acordo com o especialista, as cidades mais cotadas para integrar a rede são Belém e Manaus, cujos hemocentros fazem parte do Redome. “Atualmente, os pacientes de doenças oncohematológicas, como linfomas, leucemias e mielomas, entre outras, com indicação para TMO e que vivem na região Norte, precisam ser transportados até as regiões Sul e Sudeste, ou aos centros de transplante do Nordeste, que já estão com muitos pacientes aguardando em suas listas”, relata.
No Brasil há 65 centros de transplantes, a maioria nas regiões Sul e Sudeste. Para instalar um centro na região, as instituições e/ou os governos estaduais precisam elaborar um projeto a ser submetido à aprovação do Ministério da Saúde. Presente no Congresso, o secretário de Saúde do Pará, Hélio Franco, deu “sinal verde” para o projeto.
Fonte aqui.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

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A Terapia do Humor


A Terapia do Humor é a utilização do humor, do riso, como coadjuvante das terapias convencionais para o alívio da dor física, da angústia e do estresse emocional nos pacientes de doenças graves. Ela é usado como um método complementar para promover a saúde e lidar com a doença.

Embora não existam evidências científicas disponíveis de que o humor possa curar o câncer ou qualquer outra doença, os efeitos do riso e de um estado mental relaxado podem reduzir o estresse e melhorar a qualidade de vida de uma pessoa. O humor tem efeitos físicos, pois pode estimular o sistema circulatório, o sistema imunológico e outros sistemas do corpo.

Estes efeitos físicos benéficos incluem a estimulação da frequência respiratória, uma melhor utilização  do oxigênio, a estimulação da produção de certos hormônios e neurotransmissores e o aumento da frequência cardíaca.

Alguns hospitais e centros de tratamento, com o propósito de fazer rir os pacientes, já dispõem de salas especiais com material audio-visual de natureza lúdica, como comédias em filmes, gravações de áudio, livros, jogos e puzzles. Muitos hospitais também aceitam voluntários que visitam os pacientes para fazê-los rolar de tanto rir.

No Brasil, a ONG Doutores da Alegria, criada em 1991 sob a inspiração do Clown Care Unit, grupo de artistas especialmente treinados para levar alegria a crianças internadas em hospitais de Nova Iorque, é uma das pioneiras nesse trabalho sensível de fazer as crianças brasileiras hospitalizadas se borrarem de tanto rir. 

Eu continuo achando que a melhor terapia é aquela que integra todos os meios terapeuticos para produzir a cura e o bem-estar, incluindo a nutrição adequada, a paz de espírito e a tranquilidade, o envolvimento e o calor afetivo de amigos e familiares, exercícios físicos e práticas de vida saudáveis. Ou seja, vale tudo.

Um grande fim de semana a todos ! ;)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

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Câncer de próstata: progressão e sobrevida após a prostatectomia

Maior risco de progressão está relacionado à obesidade
Mesmo quando tratados com terapia hormonal para suprimir o crescimento do tumor, os homens obesos enfrentam um risco elevado de agravamento do câncer de próstata. É o que aponta estudo conduzido por investigadores da Duke University Medical Center, nos EUA, segundo o portal Saúde.
"Nas últimas décadas, tem havido um aumento da prevalência da obesidade nos EUA e na Europa, e uma taxa elevada de câncer de próstata que é o segundo câncer mais letal para os homens", disse Christopher J. Keto, urologista da Duke University Medical Center e principal autor do estudo.

Para examinar o papel que a obesidade pode desempenhar no câncer de próstata, Keto e colegas da Duke University identificaram 287 homens cujas próstatas doentes tinham sido removidas em cinco hospitais do
U.S. Department of Veteran Affairs, de 1988 a 2009. Porque os seus cânceres reapareceram, os homens também tinham recebido a terapia da privação do andrógeno (ADT). O produto químico inibe a produção do hormônio masculino testosterona, que alimenta os tumores de próstata.

Os homens no grupo de estudo que estavam acima do peso ou obesos tinham um risco três vezes maior de progressão do câncer se comparados aos homens com peso normal, apesar de receberem o mesmo tratamento. 

Além disso, homens com excesso de peso tinham um risco de que o câncer se alastrasse para os ossos, aumentado em mais de três vezes o risco em relação ao de homens com peso normal, enquanto os homens obesos tiveram o risco de metástases aumentado em cinco vezes. 

Keto disse que estudos adicionais são necessários para determinar por que os homens pesados saem-se pior do que os homens com peso normal, mesmo quando tratados da mesma forma. Uma área a ser analisada pode ser a dosagem de ADT. 

"Pensamos que, talvez, os homens obesos podem requerer ADT adicional", disse Keto. "A dose é a mesma, independentemente do peso, enquanto a maioria das drogas são dosadas de acordo com o peso". 

"Se a obesidade interferir negativamente nas terapias do câncer de próstata, teremos que ser mais agressivos no nosso tratamento", disse. "Em última análise, pretende-se saber por que a obesidade seria prejudicial para o tratamento do câncer de próstata, o que pode nos levar a melhores terapias para estes homens".

Fonte aqui
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Pesquisa conclui que remoção da próstata permite sobrevida mediana de 20 anos

A cirurgia para remoção da próstata permite uma sobrevivência de 20 anos para doentes em estágio avançado de câncer de próstata. A descoberta é de investigadores da Mayo Clinic, nos EUA, avança o portal ISaúde.
Resultados mostram taxa de sobrevivência de 20 anos para 80% dos doentes diagnosticados com câncer que se espalhou além da próstata, chamado câncer de próstata CT3, tratados com prostatectomia radical.
"Estamos fazendo um trabalho muito melhor de identificar e ampliar os candidatos para a cirurgia, o que resulta em resultados melhores para muitos de nossos pacientes", disse o investigador R. Karnes Jeffrey. "Nós comprovamos que pacientes diagnosticados com câncer de próstata avançado podem desfrutar de um intervalo de tempo significativo sem a doença".
A taxa de sobrevivência para 80% dos diagnósticos de CT3 compara à taxa de 90% para CT2, ou câncer confinado à próstata.
Este longo prazo de seguimento dos pacientes submetidos à cirurgia entre 1987 e 1997 é um avanço importante na compreensão dos resultados de qualidade para pacientes com CT3. A amostra do estudo incluiu pacientes diagnosticados e operados entre 1987 e 1997.
Uma investigação em curso vai analisar os dados atuais de pacientes submetidos à cirurgia.
Fonte aqui
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Isso é que é engajamento, pô!

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Gostaria de agradecer aos blogueiros desta rede e a todos os que de alguma maneira contribuíram ou ainda venham a contribuir, divulgando e repudiando os absurdos denunciados no post do dia 21.05.2011, envolvendo pacientes de câncer no município de Ariquemes e o poder público do Estado de Rondônia. Agradeço publicamente o empenho do Dr. Mauro O’ de Almeida, do Ministério Público do Estado do Pará, pelo apelo que fez aos colegas do Ministério Público de Rondônia, em prol dos pacientes.
Acho que podemos e devemos explorar, como o fizemos agora, o máximo possível todas as potencialidades desta ferramenta poderosa de ajuda ao próximo que é a blogosfera, com ações organizadas da sociedade civil. Não vou citar nomes, foram tantos.... .Abração a todos. E vamos continuar batendo de frente, se for preciso. Água mole em pedra dura.....

sábado, 21 de maio de 2011

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Absurdo vergonhoso: pacientes de câncer morrem sofrendo com dor e fome em Ariquemes/RO

A maior preocupação, de acordo com a coordenadora do CID - Centro de Internação Domiciliar é com a dor constante e a fome dos pacientes que, segundo ela, já vêm de Barretos desenganados dos médicos, sem mais alternativas de tratamento. “Por isso, a única coisa que temos a fazer por eles é que morram em paz, mas como a maioria é de famílias que não têm condições de bancar as despesas com medicação para tirar a dor e o alimento especial que sacia a fome deles, temos ainda este agravante: eles estão morrendo de câncer, com fome e dor”, lamenta.

Na manhã desta quinta-feira (19) mais um paciente de câncer veio a óbito em Ariquemes. Esta tem sido a dura rotina da equipe do Centro de Internação Domiciliar (CID) do município. De acordo com a coordenadora do CID, Janete Henrique Costa, a média é de quatro a seis mortes por semana por causa da doença. “De janeiro para cá mais de 30 pacientes já morreram com câncer. Só hoje recebemos outros dois com a doença: um que mora no bairro União I e outro no BNH. E assim vem sendo o nosso dia a dia, uns vem chegando e outros morrendo”, conta.

O problema já foi levado ao conhecimento do Governador do Estado, Confúcio Moura, através do presidente da Câmara Municipal de Ariquemes, e comunicado à Representação de Saúde do Estado e ao município, mas, conforme Janete, “até agora, ninguém tomou uma providência. 

Eles continuam morrendo de câncer, com fome e dor”, insiste, clamando sensibilização do Poder Público no sentido de ajudar esses pacientes.
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Esta matéria foi publicada na íntegra na edição de ontem, 20/05, no portal ARIQUEMES ONLINE.

É uma coincidência irônica, cruel e ridícula que o nome do governador deste estado seja justamente o mesmo de um chinês cuja filosofia, o confucionismo, nos deixou um legado que enfatiza a moralidade pessoal e governamental, a exatidão nas relações sociais, a justiça e a sinceridade.

Não podemos permitir que essa situação se prolongue sob pena desta omissão representar um aval de nossa parte. Um aval a essa falta de sensibilidade do poder público diante do sofrimento de seres humanos indefesos diante da impotência de uma situação de indigência, de abandono.

Situações absurdas como esta me convencem cada vez mais de que, enquanto cidadãos e eleitores, somos tratados como palhaços, úteis apenas para validarmos pela inconsciência os projetos ambiciosos de políticos despreparados, incapazes e - na maioria dos casos demonstrados pela história recente de nosso país - desonestos e corruptos.

Vamos demonstrar nosso repúdio a esta situação. Estamos distantes apenas pelo espaço material que nos separa. Peço a todos os blogueiros desta rede que divulguem estes fatos em seus blogues, redes sociais ou qualquer outro canal disponível. Vamos pressionar para tentar ajudar estas pessoas neste momento de suas vidas. 

Obrigado a todos os que colaborarem.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

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Proteja o seu coração da quimioterapia com uma simples dieta rica em folhas e vegetais verdes

Há meio século, o nitrato inorgânico vem sendo associado a efeitos negativos à saúde. Agora, de acordo com este estudo, consumindo 400% mais de nitrato inorgânico do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde, você pode reduzir os riscos da disfunção cardíaca causada pela doxorrubicina, droga anticâncer poderosa. O nitrato inorgânico está presente na maior parte dos vegetais verdes. 

Pesquisadores da Virginia Commonwealth University descobriram que a suplementação de nutrientes, como os do tipo que são encontrados em verduras, folhas, couves, agrião, rúcula, espinafres e alfaces, pode reduzir os danos ao coração induzidos por uma droga anticâncer poderosa e amplamente utilizada em quase todos os tipos de protocolos para o tratamento de neoplasias, a doxorrubicina. Há cerca de dois anos tomo quase diariamente, ainda em jejum, um supercopo de suco verde, que Sandrinha prepara pra mim com todos os tipos de folhas e frutas que ela encontra na geladeira. - E ai de mim que não beba até a última gota!

Desde 1960, a doxorrubicina, droga antibiótica, permanece como uma escolha prioritária na quimioterapia por causa de sua eficácia superior no combate ao câncer. No entanto, a droga é conhecida também por causar danos permanentes no coração. Para que se tenha uma ideia, não existe atualmente nenhuma terapia aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA, espécie de ANVISA) para a prevenção ou tratamento dos danos cardíacos causados pela doxorrubicina.

Em um estudo publicado em 16 de maio no Journal of American College of Cardiology, utilizando um modelo de camundongo, uma equipe de pesquisadores demonstrou que ratos tratados com uma dieta rica em nitrato inorgânico tiveram uma taxa reduzida de disfunção cardíaca causada pela doxorrubicina. Em nível molecular, o nitrato da dieta estabilizou as mitocôndrias, protegendo-as dos danos induzidos pelos radicais livres ao coração.

"Estes resultados podem ter um impacto significativo na redução do risco e do grau de dano cardíaco em pacientes que dependem da doxorrubicina para o tratamento de cânceres. Isso ocorre porque o nitrato inorgânico é uma substância química solúvel em água e muito barato, que poderia ser ideal para administração oral em longo prazo durante o curso do tratamento do câncer com a doxorrubicina", afirmou Rakesh C. Kukreja, Ph.D., investigador principal do projeto.

De acordo com Kukreja, a dose de nitrato utilizada neste estudo é 400% maior que a recomendada pela Organização Mundial de Saúde para ingestão diária. O nitrato pode ser facilmente obtido a partir de alimentos naturais, incluindo os vegetais de folhas verdes, como o espinafre, a couve, o brócolis e alface, entre outros, que têm altos níveis de nitrato, ou bebidas, como o suco de beterraba, que estão comercialmente disponíveis e utilizados com segurança em seres humanos.

As mitocôndrias são organelas celulares críticas para a conversão de oxigênio e nutrientes em ATP, o principal combustível para a função celular. Os radicais livres gerados nas mitocôndrias das células cardíacas pela ação da doxorrubicina promovem a degradação da função celular normal, resultando na morte programada das células cardíacas. Ao longo do tempo, a morte celular tem sido associada à diminuição da função cardíaca ou insuficiência cardíaca.

Traduzido e condensado de sciencedaily.com. Editorial pelo autor do blog. Leia release completo aqui.
Receitas de suco verde aqui.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

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Mamografia obtida sem esmagamento da mama antecipa diagnóstico em 2 anos

Procedimento usa técnica de emissão de pósitrons, como no PET Scan, em lugar do raio-X
Um novo exame de tomografia específico para a detecção do câncer de mama, especialmente em estágio inicial, foi apresentado por pesquisadores do Conselho Superior de Investigações Científicas da Espanha. Além de propiciar maior conforto à mulher, uma vez que o dispositivo não comprime as mamas, como no exame tradicional, o novo aparelho possibilita os mais altos índices de sensibilidade e a melhor resolução de imagem disponível no mercado, já que usa técnica de tomografia por emissão de pósitrons (partículas positivas de um átomo) – as atuais mamografias são feitas com raio-X das glândulas mamárias.

Chamado Mammi (mamografia por imagem molecular, na sigla em inglês), o aparelho está instalado no Instituto Nacional do Câncer de Amsterdã, na Holanda. A maior inovação está na maneira como a imagem da mama é captada. A paciente fica deitada de bruços sobre uma mesa especial, com o seio encaixado em uma cavidade especialmente projetada para esse fim. Ao lado da maca, é posicionado um carrinho incorporado ao sistema de detecção de imagem, que é feito com sensores de raios gama.

A imagem é obtida, então, sem a compressão dos seios, graças ao detector em formato de anel que circula a abertura da cavidade onde está a mama. “O aparelho melhora significativamente a visualização e o diagnóstico, porque, às vezes, tumores estão bem próximos à base do músculo peitoral”, diz José María Benlloch, coordenador do estudo e diretor do Instituto de Instrumentação de Imagem Molecular da Espanha.

Com a nova técnica, os cientistas esperam antecipar em um ou dois anos os tratamentos para o câncer de mama. Isso porque, enquanto os procedimentos atuais conseguem detectar apenas as lesões já visíveis, o Mammi irá medir a atividade metabólica do futuro tumor e sinalizar o começo da formação da doença.

As células cancerígenas, identificadas devido a seu alto consumo de glicose, poderão, assim, ser detectadas antes mesmo da formação da primeira lesão. O diagnóstico precoce pode reduzir a mortalidade pela doença em até 29%.